A pedido dos servidores
da Superintendência do Incra no Oeste do Pará, o Ministério Público
Federal (MPF) requisitou à Polícia Federal um contingente policial para
acompanhar a revisão ocupacional em lotes da reforma agrária na região. A
medida foi solicitada pelo próprio MPF devido ao clima hostil e às
ameaças sofridas.
De acordo com o MPF, a
revisão dos lotes tem como objetivo coibir a ação de madeireiros e
grileiros que seguem ameaçando agricultores e assentados da região. É o
caso dos que vivem no Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS)
Esperança, idealizado por Dorothy Stang e constantemente invadido para
retirada ilegal de madeira. Desde que o Incra começou a revisão no local
Os conflitos no PDS reduziram, mas ainda persistem alguns protestos de
moradores ligados aos madeireiros.
O problema das
constantes invasões de grupos de pessoas ligados à extração irregular de
madeira em Anapu já está sendo acompanhado pela Polícia. Em 2010 foi
instaurado inquérito, a pedido do MPF, para investigar os responsáveis
pelo assédio aos agricultores e pela retirada ilegal de madeira de
terras da União.
Outras medidas foram
tomadas pelo Incra para dar mais segurança aos assentados que não querem
permitir o desmatamento. Dentre elas a instalação de uma guarita na
estrada que leva ao PDS Esperança. A medida tem impedido a entrada de
madeireiros e a saída de madeira serrada ilegalmente.
Insegurança
A prefeitura de Anapu
ressaltou a situação de insegurança e a sua incapacidade de oferecer
proteção para o prosseguimento dos trabalhos de revisão dos lotes.
Diante dessas informações, o procurador Cláudio Terre do Amaral
solicitou que agentes da Polícia Federal sejam deslocados para Anapu
para dar segurança aos servidores públicos até o término do processo de
revisão ocupacional em execução.
Com informações da Procuradoria da República do Ministério Público Federal, no Pará
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