Daqui a cinco meses o
abacaxi vai estar pronto para ser colhido, mas o agricultor Manoel
Araújo está mais uma vez preocupado. Sem energia elétrica no
assentamento não há como beneficiar e conservar os frutos.
O assentamento onde
Manoel e outros 90 agricultores vivem é o PA – União da Vitória, que
fica em Parauapebas, no sudeste do Pará. As famílias foram assentadas
pelo Incra em 2005 e, de acordo com os agricultores, cadastradas no
programa Luz para Todos, do governo federal, em 2008.
No ano passado a rede
elétrica chegou na região. Fazendas e moradores de um povoado próximo
receberam luz, mas ninguém do assentamento foi beneficiado. No início de
julho, a Eletronorte, que coordena o Luz para Todos no Pará, prometeu
resolver o problema, mas até agora nada foi feito.
A mesma situação é
observada em outro assentamento paraense, o PA – Ponta da Serra onde
vivem cerca de 150 agricultores, no município de Piçarra, a 200
quilômetros de Parauapebas.
O produtor Valter
Ferreira conta que todo dia percorre 80 quilômetros para levar o leite
das propriedades até um resfriador e reclama que se tivesse energia, as
despesas certamente seriam bem menores.
Em uma das escolas do
assentamento Ponta da Serra, 11 alunos estão estudando. A escola só
funciona durante à tarde, mas ultimamente a professora tem liberado os
alunos mais cedo. É que nesta época do ano está muito quente na Amazônia
e na sala de aula faz muito calor. Se tivesse energia elétrica daria
para instalar ventiladores no teto. A professora conta que foi preciso
mudar até o cardápio da merenda escolar por causa da falta de energia.
A coordenação do
programa Luz para Todos no Pará informa que o problema nos dois
assentamentos só será resolvido a partir do ano que vem.
A matéria acima,
produzida pela TV Liberal Parauapebas e ancorada pelo repórter José
Neves,foi veiculada no programa Globo Rural, da Rede Globo. Confira aqui o vídeo.
Zé DuDu
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