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sábado, 17 de setembro de 2011

Parabólicas ganham das emissoras locais



Ilustração
É surpreendente o número de antenas parabólicas instaladas em todo país. A região nordestina se destaca das demais e é aqui onde mais se vende parabólicas no Brasil. Segundo levantamentos feitos recentemente, o nordestino, mesmo aqueles residentes nos mais distantes vilarejos da região, não deixa faltar uma antena parabólica em sua casa.

Em muitas casas o rádio deu lugar a TV, que recebe os sinais da parabólica sem chuvisco e a variedade de canais fascina quem mora na zona rural. As informações que antes eram raras a eles, hoje chegam diariamente em milhões de lares em tempo real. Mesmo nas cidades, o número de parabólicas lidera em comparações com as antenas comuns. Tudo isso se deve ao marasmo das emissoras afiliadas das grandes redes que, ao longo de décadas, desprezaram o interior, dando preferência as capitais e as regiões metropolitanas. 

Em Redenção se vende em média 50 Antenas Parabólicias por dia. No Brasil existem mais de 30 milhões de antenas parabólicas instaladas. Em muitas localidades, principalmente na zona rural ou em pequenos municípios do interior é difícil encontrar uma casa sem parabólica. 

No sul do Pará, muitas cidades só recebem em canal aberto um ou dois sinais de TV e com qualidade razoável. Por isso, nessas localidades, a maioria das residências tem antena parabólica apontada para o satélite StarOne C2 da Embratel. Esse satélite foi lançado em 2008 e possibilitou uma grande melhoria na recepção dos canais, por ele ser mais potente e moderno que o antigo BrasilSat. Quem tem receptor digital, recebe mais canais.

Atualmente existem 31 canais disponíveis na parabólica, com uma grande variedade que vai, desde educativos a populares, uma opção econômica para quem não tem condições de pagar altas mensalidades de TV por assinatura. Hoje, o preço de uma antena parabólica varia entre R$ 250,00 e R$ 300,00 e pode ser financiada em dez vezes. 

As emissoras locais, com programação cansada, perde audiência para as emissoras da parabólica, e perde também em patrocínio, pois o número de residências com parabólicas cresce a cada dia assustadoramente. É preciso melhor programação nas emissoras locais. Programas longos e sem atrativos “é falar para nós mesmo”.

Com isso os comerciantes estão apostando nos carros som, pois assim todos são “obrigados a ouvir os anúncios”, enquanto que na TV e no rádio, basta um leve toque e se muda de canal ou estação.


Otávio Araújo

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