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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Priante apresenta projeto para BR-316

Os engarrafamentos quilométricos na BR-316, no trecho Belém-Ananindeua- Benevides, podem estar com os dias contados. É que o deputado federal José Priante (PMDB), na semana passada, levou ao ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, uma idéia revolucionária: a construção de duas rodovias paralelas à BR-316, que passariam a ser novas rotas alternativas para desafogar o trânsito na Região Metropolitana de Belém. O ministro gostou tanto da idéia que imediatamente mandou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Denit) elaborar os projetos de viabilidade técnica, econômica e ambiental do empreendimento, além do projeto executivo rodoviário. O ministro considerou que o empreendimento é viável e que se encaixaria dentro do orçamento e das metas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), da presidenta Dilma Rousseff.


O traçado das Vias Expressas


A proposta levada por Priante prevê a construção de duas rodovias, por enquanto batizadas de Via Expressa Norte e Via Expressa Sul. Cada rodovia teria 25 quilômetros de extensão, pistas duplas, ciclovias, ficariam a 4 quilômetros distantes do traçado atual da BR-316 e envolveriam as cidades da Região Metropolitana de Belém.

A Via Expressa Norte seria construída entre Benfica e o Terminal Portuário de Outeiro (Porto da Sotave), passando pelos distritos industriais de Icoaraci e Ananindeua. Essa via, segundo Priante, além de descongestionar o trânsito na região do Entroncamento, passaria a ser a principal rota de acesso de caminhões de carga ao Porto da Sotave. Com isso, esse terminal pode ser viabilizado como o maior complexo portuário de Belém.

Já a Via Expressa Sul seria construída entre Benevides e a Avenida Perimetral, em Belém, chegando às proximidades da Subestação da Eletronorte no bairro do Guamá. Essa via abriria uma nova rota de acesso a bairros com grande número de moradores, como Guamá, Jurunas, Terra Firme e Condor. Facilitaria também o acesso à Universidade Federal do Pará, à Universidade Federal Rural, à Embrapa e aos pequenos portos daquela região. E mais: a Via Expressa Sul seria interligada à Alça Viária, ampliando as rotas de tráfego aos motoristas.


Impacto no trânsito


No ano passado, estudo do próprio DNIT revelou que o trecho urbano da BR-316 é o mais perigoso entre todas as rodovias federais do país. Diariamente circulam naquele trecho mais de 50 mil veículos, entre automóveis, ônibus, vans, caminhões, carretas, tratores e até carroças. Como só existe uma rota rodoviária para entrar ou sair de Belém, todos os dias acontecem engarrafamentos quilométricos naquele trecho, infernizando a vida de milhões de motoristas, passageiros e moradores da região. “Nossa idéia é acabar definitivamente com o caos no trânsito da BR-316”, defende Priante. As Vias Expressas, segundo o deputado, retirariam diariamente de circulação pelo menos 70% dos veículos que trafegam por ali. “São mais de 35 mil veículos que sairiam da BR-316 e passariam a circular pelas Vias Expressas, descongestionando totalmente o trânsito na entrada e saída de Belém”, prevê Priante. “Ao retirarmos centenas de veículos pesados das principais vias de acesso à cidade o trânsito de Belém certamente dará um grande salto de qualidade”. Priante esclareceu que recorreu ao Ministério dos Transportes porque a BR-316 é uma rodovia federal, portanto, está sob a jurisdição daquela pasta. “É competência do Ministério dos Transportes solucionar problemas que afetam as zonas urbanas das rodovias federais, como vem fazendo em outras capitais, a exemplo do Arco Rodoviário do Rio de Janeiro, do Rodoanel de São Paulo e da Via Expressa do Porto de Salvador”, explicou Priante. Essas experiências, aliás, serviram de modelo ao deputado para propor a construção das Vias Expressas de Belém. Prazo e verbas Ainda não dá para estimar em quanto tempo as Vias Expressas de Belém serão construídas nem o custo das obras. “Isso quem vai dizer é o DNIT após a conclusão dos projetos determinados pelo ministro”, esclareceu Priante, acrescentando que Alfredo Nascimento encampou a idéia porque “não se trata de uma obra faraônica, de difícil execução ou de grande complexidade técnica”. As novas vias não são de grande extensão (apenas 25 km cada trecho), não vão passar por áreas de elevada ocupação urbana (o que reduz os gastos com eventuais desapropriações), tem impacto positivo na melhoria do trânsito e na economia dos municípios atingidos e, segundo Priante, certamente “contará com o apoio do governador Simão Jatene”.

Fonte. Blog do bacana

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