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segunda-feira, 25 de abril de 2011

O custo Brasil

Matéria do “Estado de S. Paulo”, reporta que “o alto custo da energia elétrica, a invasão de produtos chineses e os incentivos tributários concedidos por outros países estão deixando o Brasil em segundo plano na rota de investimentos de empresas multinacionais.”.

A matéria revela algo preocupante para o setor de empregos do Brasil: “a Rio Tinto Alcan está em negociações para instalar a maior fábrica de alumínio do mundo no Paraguai. A Braskem vai inaugurar unidade de soda cáustica no México e faz prospecção em outros países, como Peru e Estados Unidos. A Stora Enso abrirá em breve fábrica de celulose no Uruguai. A siderúrgica Gerdau Usiba, na região metropolitana de Salvador, esteve paralisada por causa do alto custo da energia. A Valesul Alumínio, em Santa Cruz (RJ), também ficou fechada pelo mesmo motivo.”.

Continua a matéria contando o desmonte do setor eletrointensivo nacional devido aos custos do insumo principal, a energia elétrica: “a Novelis fechou fábrica em Aratu (BA) e, segundo fontes, pode migrar para o Paraguai. A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), do Grupo Votorantim, está prestes a abrir filial em Trinidad e Tobago.”.

Ao final da matéria a reportagem opina que a questão não está no custo de geração, que no Brasil não é alto e sim no custo final, composto com a alta carga tributária assentada sobre a energia que movimenta as plantas industriais, que acresce em mais de 50% o valor da geração.

Revela o “Estado de S. Paulo” que “o custo da energia no Brasil é o dobro da média mundial: cerca de US$ 60 o megawatt/hora (MWh), contra US$ 30, segundo a consultoria Commodities Research Union (CRU).”.

Isto é um dos componentes do que se chama “custo Brasil”, que nos impede de ultrapassar a taxa de crescimento de 5% ao ano e obriga o setor econômico do governo a se desdobrar em malabarismo para conter o dólar e segurar a inflação com medidas paliativas.

Fonte. Parsifal

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