Do Valor Econômico
A Cemig está avaliando a possibilidade de compra de participação na Centrais Elétricas do Pará (Celpa), distribuidora controlada pelo grupo Rede e que está em processo de recuperação judicial. Segundo o diretor-presidente da estatal mineira, Djalma Bastos de Morais, no entanto, não existe nenhuma negociação em andamento.
A Cemig está avaliando a possibilidade de compra de participação na Centrais Elétricas do Pará (Celpa), distribuidora controlada pelo grupo Rede e que está em processo de recuperação judicial. Segundo o diretor-presidente da estatal mineira, Djalma Bastos de Morais, no entanto, não existe nenhuma negociação em andamento.
“Estamos estudando.
Temos interesse sempre que agregar valor para a empresa”, afirmou ontem o
executivo, durante a inauguração da pequena central hidrelétrica (PCH)
de Paracambi, no Rio de Janeiro. Com investimento de R$ 200 milhões e 25
megawatts (MW) de potência, a usina é uma parceria da Cemig (49%) com a
Light (51%).
A estatal mineira também
está disposta a entrar na briga pela fatia de 39% da espanhola
Iberdrola na Neoenergia. “Me parece que a Iberdrola está esperando um
pouco mais para viabilizar [a venda] desses ativos da Neoenergia”,
contou Morais.
A espanhola tem
procurado compradores para sua participação acionária na Neoenergia, já
que não obteve sucesso na negociação com os demais sócios para se tornar
majoritária na elétrica, que era o seu objetivo inicial. Os outros 61%
da Neoenergia são do Banco do Brasil e da Previ.
A Neoenergia é dona de
três distribuidoras: Coelba (BA), Celpe (PE) e Cosern (RN). A empresa
também tem participação em projetos de geração, entre eles 10% de Belo
Monte, hidrelétrica de 11,2 mil MW em construção no rio Xingu, no Pará. A
Cemig e a Light também são sócias no megaempreendimento, com 9,77% de
participação.
A estatal mineira e sua
controlada Light também pretendem participar juntas do próximo leilão de
energia do tipo “A-5″ (com entrega de energia prevista para 2017), em
outubro. As empresas devem repetir o modelo – 51% da Light e 49% da
Cemig – inclusive para projetos hidrelétricos localizados fora do estado
do Rio de Janeiro. “A Cemig está viabilizando a Light como seu
instrumento de geração de energia”, disse Morais.
As duas empresas também
aguardam decisão do Ministério de Minas e Energia para tocar as obras da
hidrelétrica de Itaocara, de 150 MW, no Rio de Janeiro. Investimento de
R$ 800 milhões, o projeto precisa de uma postergação da data de início
de concessão para ser implementado.
Segundo o diretor de
Energia da Light, Evandro Vasconcelos, a concessão da usina foi obtida
há mais de dez anos, ainda sob o modelo regulatório anterior. Como a
usina conseguiu a licença ambiental prévia apenas em dezembro de 2011,
ela não teve como ser construída antes dessa data. A Light então
solicitou ao ministério que alterasse a data de início do período de
concessão da usina para este ano.
“Nossa concessão é de 35
anos. Já perdemos 12 anos de receita. Teríamos que passar a contar a
concessão a partir de hoje, e não de quanto ela foi licitada”, explicou
Vasconcelos. “Se o governo não mudar o início da concessão, não tem como
fazer [a obra]. Não é viável”, completou o executivo. Segundo ele, o
pedido tem parecer favorável da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel).
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