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sábado, 12 de novembro de 2011

Comerciante emprestou o nome e entrou numa "fria"


Comerciante

O comerciante de Tailândia, Francisco Ferreira Neto, 57 anos, casado, pai de 3 filhos, está vivendo um dilema. Residindo na cidade há 3 anos, a história de Chiquinho, como é conhecido, é o típico caso do cidadão que teve seu nome prejudicado por querer ajudar alguém. 
Ele conta que há 10 anos foi procurado por um amigo, o qual não quer revelar o nome, pedido que o mesmo assinasse um contrato de compra e venda de terra, no qual Chiquinho ficaria como proprietário de uma grande fazenda. O que poderia evitar que seu amigo recebesse uma multa do IBAMA por desmatamento e queimadas ilegais. 
Com o passar do tempo as multas do IBAMA acabaram sendo atribuídas a ele que foi autuado em 5 processos, sendo em 4 deles no valor de mais de 350 milhões de reais e outro que está tramitando na justiça federal e pede o bloqueio de bens, perda dos direitos políticos e proibição do exercício de cargos administrativos. 
Além de ser multado, Chiquinho ainda teve o seu único bem confiscado que era um lote urbano em Rio Maria, no setor Maringá, contas bancárias bloqueadas e teve seu nome inscrito no CADIM (Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal). Segundo Chiquinho a fazenda que foi multada não pertence a ele e sim ao amigo. “Cedi o meu nome por amizade e consideração, agora estou arruinado”, disse ele. 
O comerciante, que hoje trabalha com venda de seixo e areia, afirma ainda que além dos problemas financeiros causados pelas restrições, ele sofre com problemas de saúde. “Tenho pressão alta e constantemente passo mal por pensar em tudo o que está acontecendo comigo, prejudiquei a minha família por considerar um amigo, minha esposa hoje sofre de depressão e está sempre chorando, prejudiquei meu filho Rodrigo, que sempre me alertou das consequências, obriguei ele a transferir o documento da única propriedade que ele tem em confiança a esse amigo que vem agindo de má fé e covardia”, afirmou, dizendo ainda que está disposto a arcar com qualquer erro de sua parte. “Sei que errei, mas quero corrigir qualquer dano que causei por assumir esta dívida”, finalizou Chiquinho. Otávio Araújo

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